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Introdução
O empreendedorismo não consiste somente em fazer dinheiro e se tornar rico, mas em atingir a autorrealização pessoal. A sensação de realização pessoal, de sentir-se no controle do seu destino e de transformar em realidade seu sonho e visão de futuro são motivadores poderosos.Nem toda boa ideia representa uma oportunidade viável e o entusiasmo e a paixão desmedidas podem levar a erros e frustrações por não se estudar corretamente o cenário. Ou seja, um negócio que possa gerar lucro não é condição suficiente para o sucesso, mas também:
- A demanda de mercado
- O tamanho do mercado e seu potencial de crescimento
- A solidez e constância das margens de lucro e o contínuo fluxo de caixa positivo
- Um mercado com poucos concorrentes
Há seis principais modalidades de empreendedorismo:
1.1 Empreendedorismo Individual
O empreendedorismo individual é uma tendência recente que visa permitir que um profissional possa empreender por conta própria no mercado nacional. No geral, existem duas maneiras de fazer isso: tirando um MEI (Microempreendedor Individual) ou abrindo uma EIRELI (Empresa Individual de Responsabilidade Limitada).
1.2. Empreendedorismo Informal
O empreendedorismo informal é aquele em que o empreendedor pratica uma atividade econômica sem formalização, como os vendedores ambulantes, barracas de rua e outras ações do tipo. Não é a modalidade de atividade econômica ideal, pois conta com menos estabilidade ou proteção. O ideal é que o empreendedor informal tente se formalizar e tornar-se um empreendedor individual.
1.3. Empreendedorismo de Franquias
Uma das vantagens de abrir uma franquia é que você está empreendendo com um modelo de negócio que já foi testado e com o apoio de uma empresa que conta com importante know-how para facilitar as coisas. Por isso, em teoria, esse é um dos tipos de empreendedorismo mais fácil de ser executado, pois conta já com processos bem definidos.
1.4. Empreendedorismo Cooperativo
Quando muitos empreendedores individuais se unem para criar um modelo de negócios, eles passam a atuar em um tipo de empreendedorismo diferente: o cooperativo. Na prática, consiste no apoio mútuo de vários profissionais para que, juntos, possam alcançar melhores oportunidades de negócio, usando conceitos de economia colaborativa.
Um exemplo seria quando diversos profissionais da área da Publicidade, como um redator, planejador, revisor, designer, social media e editor de vídeo, se unem para atender clientes maiores do que poderiam caso empreendessem individualmente. Para dar certo, é preciso ter muita organização, responsabilidade e boa capacidade de comunicação.
1.5. Empreendedorismo Social
Dentre todos os tipos de empreendedorismo, o social é um dos mais diferentes. Seu objetivo é causar um impacto positivo na sociedade, seja em que área for. Pode ser uma empresa de tecnologia que visa melhorar o trânsito ou um projeto que ofereça atendimento psicológico para uma comunidade carente.
O grande desafio desse tipo de empreendedorismo é focar o trabalho em realizar um impacto positivo, ao mesmo tempo que consegue reunir recursos financeiros para manter o projeto em funcionamento, seja via patrocínios, seja com o recebimento de doações.
1.6. Empreendedorismo Digital
Uma das razões para o crescimento do empreendedorismo no Brasil e no resto do mundo é o cenário digital. Com as novas tecnologias, como computação em nuvem, e a presença massiva da Internet e de smartphones, foram criadas as condições para que empreendedores pudessem desenvolver serviços e produtos digitais.
Uma das características do empreendedorismo digital é que ele é muito versátil e atende tanto lojistas, quanto produtos de conteúdo (como infoprodutos, vídeos e podcasts), ou aplicativos e outros serviços do meio (como o Uber, Netflix e outros).
Ao iniciar um negócio, você nem sempre tem todos os recursos que necessita. Até mesmo o dinheiro (capital inicial) necessário pode não ser suficiente. Fazer mais com menos é uma poderosa arma para a competição. Empreendedores tentam minimizar e controlar recursos, concebem estratégias criativas e às vezes geniais de economia ou de fazer diferente as atividades do negócio e tudo isso tem efeito poderoso para o negócio: o princípio da conservação e expansão do patrimônio líquido da empresa que é uma maneira de maximizar o valor dela para seus proprietários.
Atitude Empreendedora
É a maneira de se comportar de forma realizadora, propositiva e criativa, sendo capaz de superar desafios. Quando se propõe a aprender algo novo (como neste curso) ou se vira para resolver um problema, você já mostra que tem uma atitude empreendedora. É possível agir assim em diversas situações da sua vida.
Faz parte da atitude empreendedora: testar possibilidades, cometer erros, tentar novamente, aprender, assumir riscos, trabalhar em equipe e acreditar em si mesmo. -
Lidando com Pessoas
Toda empresa é composta por pessoas e suas diversidades. O empreendedor não fará nada sem pessoas para ajudá-lo a operacionalizar o negócio. Uma equipe bem capacitada e motivada é um componente chave para o sucesso. Um empreendedor líder adota uma filosofia que premia o sucesso e apoia os que falham honestamente, divide a riqueza com os que ajudaram a produzi-la e estabelece altos padrões de desempenho e conduta. Ele é um participante e também o orientador da equipe e sua capacidade de atrair e manter colaboradores relevantes para ela é um dos talentos mais valorizados no empreendedor.Assim, o sucesso de um empreendimento se dará em função do melhor aproveitamento e combinação desses 3 elementos: a oportunidade, os recursos e as pessoas que farão parte da equipe do empreendedor. Um modelo de gestão que ajuda o empreendedor a gerenciar esses três pilares é o chamado modelo Timmons.
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Barreiras e Dificuldades
Alguns empreendedores na fase do alto entusiasmo podem deixar de levar em conta as dificuldades de começar um negócio em um mercado já disputado por outras marcas. Esses fatores são:
- Falta do capital necessário,
- Falta de conhecimento de Administração ou conhecimento técnico,
- Ganho de escala dos concorrentes,
- Não acesso ou não disponibilidade de matéria-prima adequada,
- Localização do negócio inadequada.
A não análise desses fatores irá refletir tempos depois na viabilização do negócio. Criatividade, inovação, segmentação de mercado e um pouco de ousadia, geralmente são as armas para anular tais dificuldades.
3.1 Não entre em curto-circuito
O curto circuito criativo é justamente quando o empreendedor, achando que já reuniu informações suficientes ou está altamente confiante e motivado, resolve implementar o negócio, queimando etapas ou negligenciando algumas análises fundamentais para o processo. Esse curto circuito pode se dar a qualquer momento do processo de criação. Uma forte disciplina e senso de racionalidade, deixando o emocional somente para alimentar a motivação de iniciar o negócio são indicações para evitar o curto circuito criativo. As etapas são as seguintes:
- Identificar a oportunidade de negócio,
- Implementar o empreendimento,
- Desenvolver o conceito do negócio.
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Visão, Missão e Valores do seu negócio
A visão descreve as aspirações para o futuro sem especificar os meios para alcançá-las. Deve ser inspiradora e motivadora, podendo ser um sonho ou um desafio estratégico que mobilize talentos, competências e recursos. O sucesso do negócio depende da adesão da equipe que a Visão consegue gerar.
Então se a Visão é para inspirar e motivar, ela tem que ser comunicada a todos na empresa. A comunicação da visão se dá através da missão.
Por que é importante ter uma Visão?
- A Visão levanta uma bandeira;
- A Visão motiva e inspira a equipe;
- A Visão orienta para os programas de qualidade;
- A Visão orienta os objetivos.
Exemplos de Visão:
“Criar um mundo onde todos possam se sentir crianças” - Disney Company
“Tornar-se uma empresa de classe mundial” - Petrobrás
A missão é a maneira pela qual a visão torna-se tangível. É a razão de existir da empresa. A sua definição deve conter as respostas às seguintes questões:
- O que a empresa é?
- O que a empresa deve fazer?
- Como a empresa deve fazer?
- Para que ela deve fazer?
- Para quem ela deve fazer?
Exemplos de Missão:
“Servir alimentos de qualidade com rapidez e simpatia, em um ambiente limpo e agradável”
McDonalds
“Desenvolver pessoas e organizações para o mundo do trabalho, através de ações educacionais”
Senac
Diferenças entre missão, visão e valores
Os valores são princípios básicos, o modo de pensar dos líderes da organização, que conduzirão a tomada de decisões dentro da empresa e vão estabelecer limites ao definir a missão.
Esses valores são expressos em forma de políticas a serem seguidas pelos membros da organização ao tomarem decisões de forma coerente com a missão e padronizada, ou seja, todos devem ter comportamento idêntico ao tomar uma decisão.
É preciso definir esses valores centrais, o credo corporativo, transmiti-los a todos os funcionários e lembrar-se deles antes de tomar qualquer decisão, das mais simples às mais complexas.
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Quem é o empreendedor
Um empreendedor é uma pessoa que identifica uma oportunidade de negócio e assume o risco de criar e gerenciar um empreendimento para aproveitar essa oportunidade. O empreendedor é aquele que assume a responsabilidade pelo sucesso ou fracasso do negócio, e toma decisões importantes relacionadas ao planejamento estratégico, finanças, marketing, recursos humanos e outras áreas de gestão empresarial.
O empreendedor é um indivíduo criativo e inovador, capaz de pensar fora da caixa e encontrar soluções inovadoras para os desafios do negócio. Ele está disposto a assumir riscos, enfrentar a incerteza e trabalhar duro para transformar sua visão em realidade. Além disso, o empreendedor é geralmente uma pessoa automotivada, focada em seus objetivos e apaixonada pelo que faz. Em suma, o empreendedor é um agente de mudança, que busca oportunidades para criar valor e impacto positivo na sociedade.
Existem vários atributos que um empreendedor deve ter para ser bem-sucedido, alguns dos quais incluem:PAIXÃO: Um empreendedor deve ser apaixonado pelo que faz para enfrentar os desafios e persistir em meio às adversidades.
RESILIÊNCIA: Ser capaz de lidar com a pressão e superar os obstáculos é fundamental para qualquer empreendedor.
VISÃO: Um empreendedor deve ter uma visão clara do que deseja alcançar e um plano sólido para chegar lá.
FLEXIBILIDADE: A capacidade de se adaptar rapidamente às mudanças do mercado e às necessidades do negócio é essencial.
LIDERANÇA: Ser capaz de inspirar e motivar uma equipe é importante para alcançar os objetivos do negócio.
RESOLUÇÃO DE PROBLEMAS: Um empreendedor deve ser capaz de identificar problemas rapidamente e encontrar soluções eficazes.
APRENDIZAGEM: Ser capaz de aprender com os erros e experimentar novas ideias é importante para o sucesso empresarial.
COMUNICAÇÃO: Um empreendedor deve ser capaz de se comunicar de forma clara e eficaz com clientes, funcionários e investidores.
GESTÃO FINANCEIRA: Ser capaz de gerenciar as finanças do negócio é fundamental para a sobrevivência e crescimento da empresa.
NETWORKING: A habilidade de construir e manter relacionamentos com outras pessoas na indústria é importante para o sucesso empresarial.
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O que é uma startup
Uma startup é uma empresa emergente, geralmente recém-criada e com potencial de crescimento rápido. O termo "startup" é comumente associado a empresas de base tecnológica, mas pode ser usado para descrever qualquer empresa que esteja buscando criar um modelo de negócios escalável e inovador.
As startups são caracterizadas por uma cultura empreendedora e uma abordagem ágil, com foco na inovação, no desenvolvimento de produtos e serviços disruptivos, e na conquista de novos mercados. As startups geralmente têm uma equipe pequena, mas altamente qualificada e motivada, com habilidades complementares para enfrentar os desafios do negócio.As startups também são frequentemente financiadas por investidores externos, ou investidores anjos, que vêem o potencial de crescimento e retorno financeiro a longo prazo. Muitas vezes, as startups enfrentam um alto risco, mas também têm um alto potencial de recompensa se tiverem sucesso.
Em resumo, uma startup é uma empresa emergente com um modelo de negócios inovador e escalável, uma equipe altamente qualificada e uma abordagem ágil para o desenvolvimento de produtos e serviços, visando conquistar um mercado em expansão e crescer rapidamente.
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Mundo VUCA x BANI
O mundo VUCA
Criada pelo US Army War College nos anos 80, a sigla VUCA significa Volatility, Uncertainty, Complexity e Ambiguity; em português, Volatilidade, Incerteza, Complexidade e Ambiguidade. VUCA descreve a realidade pós-Guerra Fria que mudou completamente a relação das pessoas com o trabalho, a sociedade e com o propósito da vida.
Na sociologia, o teórico polonês Zygmunt Bauman descreveu, em 1992, essa nova realidade como a “modernidade líquida”. De acordo com a sua teoria, nós vivemos em uma sociedade em que nada é fixo. Tudo é passível de mudança — o que significa que nós devemos estar preparados para lidar com essas mudanças a qualquer momento. A seguir, confira cada uma das características do mundo VUCA:
VOLÁTIL: O mundo VUCA é caracterizado por mudanças rápidas e imprevisíveis, que podem ocorrer sem aviso prévio.
INCERTO: As mudanças no mundo VUCA podem tornar o futuro mais incerto e difícil de prever, o que pode levar a um ambiente de incerteza e risco.
COMPLEXO: O mundo VUCA é caracterizado pela complexidade, com muitos fatores interconectados e influenciando uns aos outros, tornando difícil entender como as coisas funcionam e como elas afetam uns aos outros.
AMBÍGUO: O mundo VUCA é caracterizado pela ambiguidade, com muitas informações disponíveis e diferentes interpretações possíveis, tornando difícil entender o que está acontecendo e o que deve ser feito.
O mundo BANI
O mundo VUCA não é mais a realidade contemporânea. Se antes a previsibilidade era uma solução para a volatilidade das mudanças sociais, hoje em dia, qualquer tipo de previsão já não é mais confiável. Da mesma forma, diante dessas consequências desconhecidas, as pessoas passaram a se sentir profundamente ansiosas e não mais inseguras.
A expressão BANI se refere aos desafios enfrentados no século presente. A sigla BANI significa originalmente Brittle, Anxious, Non-linear, Incomprehensible; em português, frágil, ansioso, não linear e incompreensível. Esse termo foi criado pelo antropólogo e futurologista norte-americano Jamais Cascio, que compartilhou as suas percepções sobre a realidade e publicou o artigo "Enfrentando a Era do Caos" em 2020. Confira, a seguir, as características do mundo BANI.
Fragilidade: O mundo BANI é caracterizado pela fragilidade, o que significa que sistemas e estruturas podem falhar rapidamente e de forma imprevisível.
Ansiedade: As pessoas estão mais ansiosas e estressadas diante das mudanças que ocorrem rapidamente, tornando difícil a previsão do futuro.
Não linearidade: As relações de causa e efeito no mundo BANI são menos claras, o que significa que as mudanças podem ter resultados inesperados e não previsíveis.
Incompreensão: O mundo BANI é mais difícil de entender e prever, tornando-se menos previsível e mais difícil de controlar.
Habilidades necessárias para o mundo BANI
Apesar de toda a adversidade que envolve o mundo BANI, é possível amenizar seus efeitos trabalhando alguns atributos.
RESILIÊNCIA: A capacidade de lidar com adversidades e mudanças, bem como se adaptar a novas situações e encontrar soluções criativas.
FLEXIBILIDADE: A capacidade de se adaptar a novas situações, mudanças e incertezas, bem como ser capaz de trabalhar em diferentes contextos e com diferentes pessoas.
APRENDIZAGEM CONTÍNUA: Em um ambiente que demanda tomadas rápidas de decisão, quem detém conhecimento sai na frente. A disposição de aprender continuamente, bem como a capacidade de adquirir novas habilidades e conhecimentos de forma rápida e eficiente são grandes diferenciais.
PENSAMENTO CRÍTICO: A capacidade de analisar informações de forma objetiva, avaliar diferentes perspectivas e tomar decisões informadas.
COLABORAÇÃO: A capacidade de trabalhar bem em equipe, colaborar com pessoas de diferentes origens e habilidades, bem como compartilhar informações e conhecimentos.
LIDERANÇA ADAPTATIVA: A capacidade de liderar de forma flexível, adaptar-se a diferentes situações e contextos, e envolver as pessoas em uma visão compartilhada.
EMPATIA: A capacidade de entender e valorizar os outros, bem como construir relações interpessoais positivas.
INOVAÇÃO: A capacidade de criar soluções inovadoras para problemas complexos, bem como ser capaz de testar novas ideias e experimentar novas abordagens.
7.4 Como o mundo BANI está mudando negócios e sociedades
O mundo BANI tem mudado significativamente os negócios e a sociedade em muitas áreas diferentes. Aqui estão alguns exemplos:
TECNOLOGIA: As mudanças no mundo BANI estão impulsionando a rápida evolução da tecnologia, incluindo a inteligência artificial, a automação e a Internet das Coisas. Essas tecnologias estão transformando a maneira como as empresas operam, criam valor e interagem com seus clientes.
TRABALHO: O mundo BANI está mudando a natureza do trabalho, com mais trabalhos temporários, freelancers e trabalhos remotos. Além disso, a automação está substituindo muitos trabalhos tradicionais e exigindo que os trabalhadores adquiram novas habilidades.
SÁUDE: As mudanças no mundo BANI estão afetando a saúde, incluindo a pandemia da COVID-19, que está mudando a maneira como as pessoas interagem e se relacionam entre si, bem como a maneira como as empresas operam e atendem seus clientes.
MEIO AMBIENTE: O mundo BANI está mudando a maneira como as empresas e as sociedades interagem com o meio ambiente. As mudanças climáticas estão levando a eventos climáticos extremos, como incêndios florestais, tempestades e inundações, o que está exigindo uma resposta mais proativa e adaptável.
ECONOMIA: As mudanças no mundo BANI e VUCA estão mudando a economia, incluindo a maneira como os negócios são financiados e como os consumidores gastam seu dinheiro. A economia digital está criando novos modelos de negócios e de trabalho, bem como novas oportunidades de investimento.
O excesso de demandas, o grande fluxo de informações e a velocidade com a qual as coisas acontecem hoje em dia, possuem relação direta com as características do mundo BANI. Você, enquanto empreendedor, precisa trabalhar uma série de habilidades para ser capaz de lidar com esse cenário da melhor maneira possível. -
Ambientes de Invoação
Os ambientes de inovação são locais formatados para favorecer a inovação e o empreendedorismo, compondo os espaços característicos da nova economia baseada no conhecimento. São exemplos de ambientes de inovação: parques tecnológicos, incubadoras, aceleradoras, hubs e espaços de coworking, entre outros. Confira uma breve definição de cada um desses espaços.
Em tratando-se de incubadoras de empresas, a maneira mais fácil de compreender o seu propósito é traçar um paralelo com uma incubadora neonatal, ou incubadora de bebês. Nesta, um bebê nascido prematuro fica livre de ameaças externas para que possa concluir seu amadurecimento e, assim, ser liberado para casa sob condições saudáveis. As incubadoras de empresas, por sua vez, são responsáveis por um processo semelhante, só que direcionado não a bebês e, sim, a Micro e Pequenas Empresas (MPE´s) em estágio inicial.
A vinculação de empresas às incubadoras se dá em três níveis: pré-incubação, onde o modelo de negócio da empresa ainda não foi decidido em definitivo, precisando de validação; Incubação, na qual a empresa integra-se presencialmente a uma estrutura real de trabalho para o início de sua operação, em um contrato que pode durar de 1 a 3 anos, a depender da incubadora; E, por fim, a graduação, quando a empresa alcança o grau de maturidade necessário para enfrentar a realidade do mercado sem o amparo da incubadora. Todavia, esse desligamento da incubadora deve ser feito de forma a não gerar impacto ao negócio.
Além de prover uma infraestrutura trivial para as empresas instaladas, as incubadoras também realizam eventos para promover a construção de redes de contatos (networking) e aprendizado para as empresas membros e a comunidade local. No IFRN, as ações voltadas ao empreendedorismo e inovação estão vinculadas ao Núcleo de Inovação Tecnológica (NIT), setor este responsável pelo gerenciamento da política de inovação tecnológica e de proteção da propriedade intelectual do Instituto, sendo a incubação de empresas parte de suas ações. -
Funções de um Empreendedor
Quando da abertura de um negócio, devido às limitações financeiras para custeio de uma equipe qualificada e adequada, é recorrente o(s) empreendedor(es) assumirem uma sobrecarga de trabalho que vai além de suas habilidades profissionais. À medida em que a empresa vai se desenvolvendo, há a contratação de funcionários permitindo ao empreendedor se desvencilhar gradativamente das funções acumuladas. Degen (2009) elenca quatro papéis específicos que o empreendedor assume ao iniciar um negócio, como podemos ver a seguir.
Pelo quadro, ficam evidentes as principais habilidades exigidas em cada um dos quatro papéis. Enquanto o empresário financia o negócio, é o empreendedor quem se responsabiliza pela liderança na busca de diferenciação no mercado. Esses papéis variam de acordo com o tipo de negócio, evoluindo com seu crescimento. Vale ressaltar que há as empresas de alto risco e de baixo risco. Os riscos de um negócio estão relacionados a fatores internos e externos. Dentre os mais preocupantes, do ponto de vista de executivos brasileiros, estão: facilidade de entrada de novos concorrentes, capacidade de atrair e reter novos talentos, custos de folha crescentes, resistência a mudanças de operações e modelos de negócios e ameaças cibernéticas, dentre outros. Negócios menos arriscados estão inseridos em um setor sem grandes oscilações, demandando mais atenção na operação do produto e atendimento ao público. Na tabela abaixo, é possível observar que negócios arriscados demandam mais papéis do empreendedor e empresário, enquanto os menos arriscados exigem mais dos executivos e empregados.
Por mais que o empreendedor esteja empenhado com o êxito da sua empresa, seja própria ou não, sempre há áreas específicas que despertam mais seu interesse, especialmente quando associadas à sua formação profissional. Dessa forma, é de se esperar que desenvolvedores de software, proprietários de uma empresa de base tecnológica, por exemplo, dediquem mais atenção ao desenvolvimento do produto do que à gestão financeira do negócio.
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Liderança
Liderança é a habilidade de motivar e inspirar pessoas de forma positiva. Na liderança, essa motivação vem muito mais pelas atitudes práticas do líder do que propriamente dito pelas palavras que ele diz. No conceito de liderança, o líder busca influenciar e conduzir a equipe na luta por um mesmo objetivo, contando sempre com a participação de todos e abrindo portas para que a equipe possa participar do processo.
Para garantir a sobrevivência no mundo BANI, é necessário mudar hábitos e posturas, além de aprimorar competências e habilidades. As startups precisam de líderes preparados para lidar com as adversidades, bem como lidar com as pessoas que estarão ao seu lado na jornada empreendedora. Eis algumas características dos líderes motivadores:- Focam as possibilidades em vez dos problemas;
- Ajudam os outros a se sentirem parte do todo e aproveitam para aprender com os seus colegas;
- São focados nos objetivos mas flexíveis em relação às formas de alcançá-los.
- Expõem suas opiniões, mantendo a integridade entre suas palavras e ações.
Diferença entre chefe e líder
O chefe vive com o discurso e ao mesmo tempo o pratica “Manda quem pode e obedece quem tem juízo”. Já o líder faz com que as pessoas que estão sob o seu comando aceitem e executem o que lhes é solicitado. Além disso, os liderados sentem que estão colaborando, ajudando-o e se sentem realizados com isso.
Os 10 mandamentos do líder
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Inteligência emocional
Alguma vez você já ficou irritado com alguém, mas conseguiu controlar a sua raiva para não piorar a situação? Se sim, você provou ter inteligência emocional. Ou seja, soube respirar fundo e controlar os seus impulsos.
A inteligência emocional é um conceito da psicologia usado para designar a capacidade do ser humano de lidar com as emoções. E como isso foi parar no mundo dos negócios? Bom, diante das adversidades e imprevistos que surgem quando se empreende, é necessário manter o autocontrole para não deixar as emoções falarem mais alto, prejudicando certas decisões, além do clima organizacional. Como em um jogo, empreender exige pensamento estratégico, logo, diversos fatores devem ser avaliados antes da decisão final. Se deixar levar pela fúria ou descontrole, pode trazer consequências graves para o negócio.
O autor Daniel Goleman realizou pesquisas focadas em executivos bem-sucedidos de grandes empresas para saber quais habilidades faziam com que esses administradores se destacassem e permanecessem em posição de destaque por muitos anos, obtendo inclusive a admiração e o reconhecimento de seus pares, subordinados, colegas e superiores. O autor constatou que a inteligência emocional mostrou ser o fator diferencial do sucesso desses executivos.O controle das emoções é fator essencial para o desenvolvimento da inteligência do indivíduo, e em muitas situações em nosso cotidiano podemos perceber nitidamente a incapacidade das pessoas em lidar com as próprias emoções, tendo como consequência a destruição de vidas e o abalo de carreiras promissoras.
A inteligência emocional é algo que pode ser aprendido e aperfeiçoado, pois quando estamos motivados enfrentamos crises e obstáculos com muito mais coragem e determinação, somos mais criativos e propensos a levar nossas ações até um bom e feliz fim.
Se você quer ser um(a) empreendedor(a) de sucesso, não pode deixar de colocar todas as dicas deste módulo em prática. -
Resolução de problemas
Resolução de problemas é um processo em que há o esforço deliberado de uma ou mais pessoas para sanar um assunto difícil ou controverso que precisa ser superado. O contexto das empresas é especialmente propenso ao surgimento de problemas e conflitos. Afinal, diariamente, são tomadas decisões que envolvem diversas variáveis, e nem sempre o resultado é o esperado. Além disso, surgem imprevistos, fatores externos com os quais não se contava, contrários aos interesses da empresa.
Como desenvolver essa habilidade?
Eventualmente, a resolução de um problema pode ser mais complexa do que se espera e requer muita inteligência emocional e capacidade de lidar com emoções negativas – afinal, um problema não é um problema se não for atribuído a ele um valor negativo. Assim, confira alguns atributos que você precisa trabalhar para tornar-se um(a) problem solver.
- Auto Reflexão: ao invés de sair atribuindo culpados, controle seus impulsos e procure identificar qual foi a sua parcela de culpa no surgimento do problema.
- Saiba escutar: Soluções podem surgir de onde menos se espera. É através das contribuições da sua equipe que as opções de resolução se expandem, evitando que o problema se estenda por mais tempo. Convoque uma reunião e promova a contribuição de ideias.
- Trabalhe a empatia: Empatia nada mais é do que se colocar no lugar do outro e procurar entender quais são suas queixas. Por mais que sua empresa entregue uma solução validada, eventual tem, clientes podem se queixar do seu produto. Por mais hostis que eles sejam, procure trabalhar a empatia para resolver o problema de forma pacífica, mantendo o cliente, apesar de tudo.
- Aceite as consequências: Se um problema traz consequências, as soluções também as trazem. Não deixe de levar em conta todas as consequências que uma solução de problema pode trazer ao seu negócio.
- Seja sincero: Resolver um problema à base de mentiras ou omissões só piora ainda mais a situação. É preciso ser sincero, reconhecer o problema e se dispor a resolvê-lo da melhor forma possível.
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Aberto: terça-feira, 8 out. 2024, 00:00Vencimento: terça-feira, 15 out. 2024, 00:00